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Luto perinatal: O que uma psicóloga deve saber sobre esse tema?

O tema luto perinatal é um tema delicado e que merece muita atenção de toda equipe de saúde. Infelizmente, pouco se fala disso nas formações de psicologia aqui no Brasil, e por isso, temos tão poucos profissionais preparados para essa demanda (que diga-se de passagem, é muito grande).

O luto perinatal é considerado um luto não-sancionado (não reconhecido, ou invalidado pela sociedade), isso por termos uma cultura religiosa, em partes, que nos diz que devemos nos conformar com os feitos de Deus, mas principalmente, pelo fracasso da empatia da sociedade quando falamos da morte de um ser que não nasceu, ou que tinha pouco tempo de vida.

É como se, na ideia popular, não tivesse tempo de formar um vínculo, por isso não devesse chorar por aquilo que não foi vivido. Isso é um grande erro, pois esse luto vem carregado de sonhos e planos que foram interrompidos, e até mesmo de momentos vividos desde o primeiro teste positivo.

Dentro dessa perspectiva agora apresentada, a psicologia é essencial no cuidado da saúde mental dessa mulher, e dos demais envolvidos, e muitas psicólogas se perguntam: Como atender luto perinatal? Nossa atuação acontece principalmente promovendo espaço para a expressão dos sentimentos, despedida desse bebê (ainda que sendo um aborto nas primeiras semanas), atendimento humanizado, retomada de planos, e o processo de reinvestimento na vida, posteriormente.

É importante lembrar que existem protocolos de atuação em casos de luto, e devemos sempre avaliar qual atuação tem mais embasamento científico, e alinhar com o desejo e disponibilidade de cada mulher/casal/família.

A atuação ética e humanizada faz toda a diferença no curso que pode tomar o luto perinatal nessa família.


Beijos, com Carinho


Luzia Maia


@cuidandodemamaes

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